O Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), como diz o próprio nome, é uma comissão interna formada para garantir a segurança de todos os pacientes atendidos no IOSC. Conforme RDC 36 de 25 de julho de 2013 a segurança do paciente deve ser uma prioridade nas Instituições de saúde, atuando na gestão de riscos e melhoria contínua dos processos de cuidado e uso de tecnologias em saúde, garantindo as melhores práticas para o funcionamento dos serviços.
A Segurança do Paciente tornou-se alvo de discussão após a publicação do livro “Errar é humano” do Instituto de Medicina Americano ao abordar que 44 a 98 mil mortes por ano aconteciam nos Estados Unidos por erros médicos que poderiam ser evitados com medidas de segurança.
Várias alianças internacionais foram feitas para minimizar esses erros, e no Brasil, com a RDC 36, a obrigatoriedade da criação de Núcleos e Programas de Segurança do Paciente, são uma delas.
O Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS) divulgou em 2017 e 2018 o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, em parceria com a Faculdade de Medicina de Minas Gerais que mostram o quanto precisamos evoluir para garantir a segurança do paciente.
Segundo o Anuário, os eventos adversos* em hospitais são a segunda causa de morte mais comum no Brasil. Diariamente, 829 brasileiros falecem em decorrência de condições adquiridas nos hospitais, o que equivale a três mortos a cada cinco minutos. Os principais eventos estão relacionados a cadeia medicamentosa, infecções, erros em cirurgias, quedas, dentre outros.
Eventos adversos são incidentes que resultam em dano a saúde do paciente, ou seja, que não deveriam acontecer. A aplicação sistemática de políticas, procedimentos, condutas e recursos visando a garantia da qualidade da assistência previnem sua ocorrência.
No IOSC, o NSP realiza bianualmente um Programa para Segurança do Paciente, que conta com a construção de protocolos institucionais, capacitação dos colaboradores, auditoria e supervisão das ações para segurança do paciente e, notificação, investigação e atuação frente a ocorrências de eventos adversos com ou sem dano ao paciente.
Participam da Comissão enfermeiros, médicos, técnicos de enfermagem e profissionais do administrativo, para que conheçam o Programa de Segurança do Paciente, participem das ações da Comissão e sejam atores na disseminação da cultura de boas práticas e de segurança.
Algumas das ações internas:
- Incentivo a prática de higiene das mãos;
- Identificação do paciente;
- Comunicação assertiva e segura;
- Segurança Cirúrgica;
- Transporte seguro e prevenção de quedas;
- Segurança na cadeia medicamentosa;
- Prevenção de lesões por posicionamento cirúrgico;
- Boas práticas na assistência ao paciente;
- Notificação de erros e eventos adversos;
- Capacitações;
- Participação de membros da comissão em congressos;
- Participação junto a Comissão de Gestão da Qualidade (GEQ) e Controle de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (CCIRAS);
Veja em Vídeo, a atuação do NSP: